Um veículo aéreo não tripulado e equipado com um sistema que capta imagens pelo calor vai ser usado para combater o novo inimigo numero “1” dos EUA: a cobra python. Uma espécie de supersucuri asiática que invadiu o Parque Nacional de Everglades, na Flórida. Além de devora as espécies nativas de cobras, as phytons competem com outros animais por alimentos e estão causando vários danos ambientais à região. A situação das pythons piorou quando elas começaram a atacar os humanos. Doze pessoas já morreram vítimas dessas cobras. A tecnologia escolhida para caçar as pythons é a mesma que o exército americano usa na guerra do Iraque. Mas como essas cobrar foram parar no EUA?
Ironicamente as pythons foram importadas como bicho de estimação. O grande problema é que na idade adulta elas chegam a cinco metros de comprimento e 74 quilos. Com proporções nada fofas para um “pet” e dona de um bom humor duvidoso, a grande maioria das pythons começaram a ser abandonadas por seus donos. Livres na natureza elas migraram para as áreas naturais do EUA em buscam de comida e abrigo. Foi nos pântanos de Everglades que as pythons encontraram o paraíso. Estima-se que existam 150 mil pythons no Parque e outras tantas espalhadas pelas áreas urbanas da Flórida. Para tentar reduzir a população de cobras os biólogos de Everglades decidiram usar o veículo aéreo para destruir os ninhos das pythons. Porém, a medida é classificada como insuficiente. O principal defensor da caça geral das pythons é o senador Bil Nelson. O aumento dos ataques aos humanos é sua principal justificativa. O estopim da discussão foi a recente morte de uma menina de dois anos enforcada por uma python.
As cobras são defendidas por entidades de proteção dos animais como Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais). Eles afirmam que as cobras não são vilãs e sim vítimas da irresponsabilidade dos humanos. A solução proposta pelos ambientalistas é a proibição da importação de animais exóticos para o EUA. O Peta justifica que as cobras dificilmente são sacrificadas sem algum sofrimento. O porta-voz da entidade, Martin Mersereaux, compara o pânico que as pythons causam a lenda urbana dos jacarés que vivem no esgoto de Nova York. Criados em laboratórios para serem bichinhos de estimação microscópicos, esses animais teriam sido despejados nos vasos sanitários pelos pais, preocupados com a segurança de seus filhos após constatarem que os jacarés eram pequenos, porém ferozes. Os tais jacarés teriam sobrevivido e atingido proporções gigantescas. Hoje, eles viveriam nos esgotos de Nova York onde espreitam a população e devoram os desavisados.
(Juliana Arini)
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