quinta-feira, 3 de junho de 2010

Defesa Civil vistoria áreas de risco e MP cobra mais ações .

Defesa Civil vistoria áreas de risco e MP cobra mais ações
Data: 31/05/2010 / Fonte: Portal Amazônia

Manaus/AM - O Ministério Público do Estado (MPE) e a Defesa Civil do Município, novamente, na manhã de segunda-feira, 31, fizeram uma vistoria das áreas de risco na zona Leste de Manaus. Após visitas aos bairros Santa Inês e Nova Vitória, o procurador geral do Estado, Otávio Gomes, falou em entrevista a Rádio Amazonas FM sobre as ações que o órgão deve tomar frente ao problema das famílias desabrigadas no local.

A vistoria as famílias no bairro Nova Vitória aconteceu por conta de um bueiro entupido, que estaria prejudicando o escoamento da água. Em menos de um mês a água acumulada já chegou a cerca de cinquenta casas, obrigando as famílias a deixarem o local e procurarem abrigo em uma igreja com apenas seis metros quadrados. Devido ao espaço reduzido, parte dos móveis estão do lado de fora do prédio e a comida é feita em uma cozinha improvisada, no meio da rua.

Segundo o procurador do MPE, Otávio Gomes, a situação das famílias é preocupante. Além do problema das famílias abrigadas em local inadequado, ele destacou que a área de risco só se deu por causa do acúmulo de água devido a obstrução do bueiro. "Não havia esta área de risco. O que causou foi o represamento da água, que gerou uma lago, atingiu as casas e fez com que as pessoas ficassem desalojadas. É uma situação que precisa de um cuidado inicial, pelo menos no âmbito do alojamento para as pessoas que estão nesta situação precária", explicou.

Cobrança

Gomes afirmou que o Ministério Público vai acionar a Secretaria de Ação Social para que o problema do abrigo para as famílias seja resolvido em um menor espaço de tempo. Segundo ele, o órgão já possui um levantamento há pelo menos 30 dias. "É preciso que seja encontrado um caminho, o que não pode é ficar nesta situação".

O procurador cobrou ainda que seja feito um levantamento preciso do número de famílias atingidas pelo problema. "Não há uma informação precisa. O levantamento diz que seriam 20 famílias cadastradas, mas há informações que seriam pelo menos 32 famílias nesta situação", comentou.

O MP finaliza um termo de cooperação e deve ainda convidar órgãos ambientais para agregar força ao documento. O órgão ainda está com uma ação pública com o pedido de retirada das pessoas de áreas de risco.

Alojamento

A Justiça suspendeu a pedido da Prefeitura de Manaus a liminar que determinava a imediata remoção das famílias que vivem em áreas de risco na cidade. Cerca de 50 famílias foram removidas para o Ginásio Zezão, na zona Leste, mas várias pessoas ainda permanecem desalojadas.

A Prefeitura anunciou que as casas do Conjunto Buriti, ainda em construção, serão entregues para as famílias desabrigadas, retiradas destas áreas. Já foram cadastradas 110 famílias em áreas de risco. Em parceria com o Serviço Geológico do Brasil, o órgão deve agora mapear as áreas problemáticas.

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